´´Nascer, morrer, renascer ainda, progredir continuamente, tal é a Lei``(Kardec)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Provas Científicas da Reencarnação


Este documentário, apresentado peloDiscovery Channel, segue, mais ou menos, a linha do filme "Manika", já postado neste blog. Parte das memórias espontâneas de algumas crianças, que evidenciam uma vida anterior. Investigadores, a partir destas lembranças, partem em busca da confirmação dos fatos contados por elas, chegando a um número  de "acertos" considerado "forte", em termos de pesquisa, para  se considerar esta hipótese. Assistam, leiam os detalhes abaixo dos videos (em "sobre") e tirem suas próprias conclusões.










Fonte: youtube

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Garoto uzbeque: um caso sugestivo de reencarnação?

Fonte da fotoa:
Telecanal Rossya

Coisa magnífica: reparem o regente desta orquestra. Como disse o amigo que me enviou este vídeo, Christian Baltauss, o garoto parece uma miniatura entre os adultos - todos virtuoses -  que ele dirige. E com que brio, que "mãos de mestre"!
Trata-se de Edvard Yudenich, um garotinho uzbeque de apenas 8 anos de idade. Ele estuda em um conservatório de seu país. Seu professor é Vladímir Borissovitch Neymer, nascido em junho de 1939, natural de Tashkent, capital de seu país (foto abaixo):

fonte da foto:
http://www.msop.avtograd.ru/
Vladimir é professor do Conservatório Público do Uzbequistão e diretor da Orquestra Sinfônica do Uzbequistão.

fonte foto:
http://ca-dialog.org/

O público que tem oportunidade de vê-lo regendo a Orquestra Sinfônica costuma ovacioná-lo longamente, chamando-o de "gênio". Uma moradora de Tashkent que foi assistir a um dos grandes concertos da Sinfônica regido por Edvard, a aposentada  Dil'ba, disse:
"no palco não entrou simplesmente um garoto, mas um pequenino que, sobre uma plataforma especial, levantando o rosto em direção a orquestra, começou a dirigir os músicos -sem uso de partituras, tudo de cor"
A cantora pop uzbeque Verina Edvards também deu seu depoimento ao UzNews:
 

. "No começo eu pensei que a orquestra não seguiria o comando de um garoto; ao contrário, ele seguiria os músicos, imitando o trabalho do regente, mas depois examinei bem e vi que, de uma maneira precisa, ele agitava a batuta e, depois de uma pequena fração segundos, a seguiam os músicos"
O brilhantismo de Edvard é tão grande, que ele demorou apenas um ano para aprender a tocar violino. O que dizer a respeito de um talento tão precoce, já que Edvard não começou a reger orquestra agora, neste ano. Segundo ele próprio,  em entrevista ao Uznews.net,nem ele mesmo se lembra com quantos anos começou na atividade de regente. Isto é normal, me pergunto? 
A gente ouve muitos casos de "reencarnação" ou, de acordo com outras correntes, de "memória  genética". Isto explicaria? Para mim - completamente. Não vejo outra explicação plausível. Tem tudo a ver, dentro daquilo que acredito: um pequeno gênio habitado por um grande maestro.
Se você é um cético, desculpe minha credulidade: tenho mil e um motivos para isto. 
 
Deixo a vocês - tanto aos céticos, quando aos crédulos - alguns vídeos do Edvard. Avalie e tire, você mesmo, suas conclusões.


 No primeiro deles ele dirige a abertura de uma peça de J.Strauss :  "La chauve-souris". Sem palavras: MAGNÍFICO!


Não se pode afirmar, contudo, que ele seja reencarnação de Strauss, até porque ele rege outros grandes nomes da música clássica. Confira isto no vídeo abaixo, onde Edvard rege Mozart ("Pequena Serenata Noturna):



E tem, ainda, Liszt- "Prelúdios":


 Vi em alguns sites na internet comentários relacionando o caso de Edvard como sendo um caso de reencarnação. Pode ser. O que não podemos é afirmar que o seja e descartar outras hipóteses, por isso, prefiro enquadrar este caso como mais um caso sugestivo de reencarnação, ou seja, mais um caso que sugere a hipótese reencarnatória, cuja comprovação pode ser feita por cientistas e pesquisadores sérios, como o foram o dr Hernâni Guimarães Andrade, do Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas de São Paulo e o dr. Ian Stevenson, médico psiquiatra canadense, que pesquisou o assunto exaustivamente, tendo escrito um clássico no tema: "Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação".

Deixo o julgamento e as conclusões com você, leitor amigo. Deixo, também, a já citada entrevista de Edvard ao uznews.net, com tradução feita por mim. Qualquer comentário e maiores detalhes sobre o assunto serão sempre bem vindos. 

UN: -Edik (1), como isto te aconteceu? 
EY: -Eu mesmo não sei -com um ingênuo sorriso nos lábios levanta as mãos infantis - simplesmente assim acontece
UN: -Quem é o seu professor? 
EY: - Vladímir Neymer 
UN: -Onde você estuda, talvez na Escola Uzpenski (literalmente - da Assunção(2)
EY: - Não, é em uma escola comum, no primeiro ano (3).
UN: - Mas em algum lugar você  estuda música?
EY: - Sim, em uma escola de música, em uma classe de fortepiano.
UN: - Quer dizer que você ainda sabe tocar também este instrumento?
EY: - Sim, e também um pouco de violino.
 UN: -E o violino, quem te ensina a tocar?
EY: - É lógico que meu pai!(4) Será que você não sabe que ele é o melhor violinista do Uzbequistão?
UN: - E como ele se relaciona com a sua regência? Nisto ele também te ajuda?
EY: -Não, realmente disto ele não entende nada, apenas diz "pa-da-da-dam", ondula as mãos e sorri.
UN: - Faz  muito tempo que você exerce a regência?
EY:- Oi, eu não me lembro; talvez um ano e meio.
Finda a entrevista, finalizo o post, deixando, ainda, para seu deleite,

Tradução:Milu Duarte
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Notas da Milu:
 (1) Apelido carinhoso dado a quem se chama Edvard;
(2) Liceu Acadêmico de Música de Tashkent;
(3) Em russo se diz "primeira classe";
(4) Famoso no Uzequistão. Violinista e pedagogo Vladimir Yudenich.

Fontes utilizadas: 
www.uznews.net 
 www.mytube.uz
 http://www.scoop.it 
Telecanal Rossya
www.liveinternet.ru/ 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

FILME NOSSO LAR ONLINE/NOTRE DEMEURE /ДЦХОВНОЕ ПУТЕШЕСТВИЕ


Muitos buscam saber, de várias maneiras, o que há realmente após o desencarne, qual a situação do espírito que partiu do corpo neste planeta Terra. A respeito, já foram lançados muitos livros e filmes, entre os quais podemos citar a obra do Chico Xavier, sobretudo "Nosso Lar", que já foi para as telas, tendo sido legendado ou dublado para diversos idiomas. O filme, bem como o livro, trás como título uma colônia espiritual, situada no espaço etéreo acima de nosso país. Existem muitas outras colônias e este é o tema do post de hoje, que tem anexado, também, o filme, via Youtube, em francês e russo, num trabalho fantástico de Renato Prieto, no papel principal.

A ficha técnica do filme você vê no link a seguir:


Você pode, também, assisti-lo nos seguintes idiomas:
1- Em português, com legendas em francês: Nosso Lar - Notre Demeure
  • Parte 1:
 

  • Parte 2:


  • Parte 3:


  • Parte 4:


  • Parte 5:


  • Parte 6:


  • Parte 7:


  • Parte 8:

  • Parte 9


  • Parte 10


  • Parte 11:



Em russoДуховное путешествие-Наш Дгм  / Nosso Lar

Por hoje é só. No próximo post será dada continuidade ao tema central do filme, que são as colônias espirituais. Até lá.

 Fonte: 
www.youtube.com

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

FILME: MANIKA, A MENINA QUE NASCEU DUAS VEZES

Um dos filmes que mais me agradou foi Manika, A Menina Que Nasceu Duas Vezes.Trata-se da história da reencarnação de uma adolescente. Seu roteirista, François Villiers (França, 1989) se baseou em um dos casos pesquisados pelo dr. Ian Stevenson(vide "20 casos sugestivos de reencarnação"), sob o nome "Shanti Devi".
A menina Manika vivia em um pequeno vilarejo de pescadores da Índia, em meio a católicos.Ninguém era adepto de crenças reencarnatórias, mas a garota não se cansa de contar histórias sobre uma outra vida, de riqueza, vivida por ela no Nepal. Seus pais constantemente a recriminam por isto. Confusa, foge de casa e o padre de seu colégio, Daniel, promete a seus pais encontra-la e traze-la de volta.
Suas histórias são tão ricas em detalhes que o padre decide levá-la ao Nepal. A viagem será uma descoberta para ambos: para Manika, o encontro de seu próprio destino; para Daniel, o encontro das bases de sua fé.
Daniel é vivido pelo ator britânico Julian Sands, de "Uma Janela para o amor" e "Gritos do Silêncio". Manika é Stephane Audran.

Se você quiser assistir o filme, basta acessar o Youtube, que te dá, também, a opção de fazer download. Legendas em português.


A respeito deste caso o dr. Stevenson diz o seguinte:
"No caso de Shanti Devi soube que o marido da personalidade anterior viajava com freqüência  da sua cidade natal (Mathura) para Delhi a fim de comprar tecidos para sua loja. E, quando em Delhi, ele costumava frequentar uma doceira de sua predileção, que ficava a poucas jardas apenas da casa de Shanti Devi. Ela o viu lá um dia, quando ia para casa, de volta da escola".
Partindo deste dado, dr.Stevenson analisa a possibilidade de ter havido alguma ligação telepática no caso.E acrescenta que 
"a teoria encontra várias dificuldades a defrontar. Primeiro, ela sozinha não explica a seleção do alvo para a informação percebida extra-sensorialmente. Quando a família já conhece a personalidade anterior, possivelmente um outro membro da família, a seleção do alvo pode provir de pensamentos sobre o falecido, por parte da família, e um desejo de que ele retorne. Mas como poderemos explicar a seleção da pessoa identificada quando as famílias não tiveram absolutamente qualquer relacionamento anterior entre si?"
E o dr. Stevenson, depois de analisar, como em todos os seus casos pesquisados, todas as possibilidades, enquadrou o caso Shanti Devi como um dos "casos sugestivos de reencarnação".

domingo, 16 de outubro de 2011

A TERAPIA REGRESSIVA COMO MÉTODO DE CURA: 2º PARTE - UMA VIDA BÚLGARA

O começo do fim dos meus medos em relação à minha filha, motivo que me levou a recorrer a esta modalidade terapêutica, surgiu logo na primeira vez que consegui relaxar e vivenciar uma experiência que, depois, me levou a entender muitas outras coisas que aconteciam em minha vida.
-Eu era uma menina de, aproximadamente, doze anos. Com certeza, era eu. Eu sentia que era eu. Estava brincando em um lugar que, nesta vida atual, me era completamente desconhecido, ao mesmo tempo que, naquele instante, era-me conhecido bem demais. O via com muita emoção. Eu "estava" lá" . Trajava, então, um vestidinho xadrez, em tons de vermelho escuro e brincava em um pátio, feliz. Brincava com um amiguinho cujo nome eu 'não me lembrava'.
De um lado do pátio havia um chafariz, ou algo parecido. do outro, um paredão, com um corredor comprido, no qual havia 5 portas. Eu sabia que cada uma delas era uma casa. A minha era a quinta. Do pátio ao corredor, existia uma escada  larga no comprimento, com três degraus. Era tudo de pedras. E eu sabia que na região havia muitas pedras brancas. E muitas flores amarelas. Eu lhes sentia o aroma, assim como sentia o cheiro da comida de 'minha' avó.
 Eu tinha certeza de que eram pobres aquelas casas; pelo menos a "minha" o era: via as camas e no mesmo ambiente, uma mesa, onde comíamos. Lá vivíamos eu e minha avó. Eu a via, com uma saia preta e um lenço, também preto,  amarrado em baixo do queixo. Ela era gorda e mais baixa. Em um dos lados do pátio, havia uma escadaria e um morro ou uma montanha. A escadaria ladeava este morro. 
Descendo a escada, havia uma casa velha, pobre, amarela: era uma escola. Quando já adulta, eu ensinava lá. 
E o tempo foi passando, me vi com 17 anos e esperava o mesmo amigo que brincava comigo quando criança. Meu amigo não veio. Senti, também, que minha avó já não existia.E, em pleno consultório, eu chorei.
E sentia frio, muito frio, tanto frio que só passou quando 'peguei' 'meu' casaco, pendurado em um prego, no único cômodo (não vi outros) da casa..E já não estava mais feliz. Estava muito triste.Desci a escadaria de pedras, saí em uma ponte de madeira, com as laterais em arcos.Passava uma carroça.Parei na escola e, ao mesmo tempo, interrompi a regressão, pois senti pela voz, que havia uma criança chorando e que esta criança era meu filho .Fiquei emocionada, não dei conta de continuar a sessão.

Antes de interromper a sessão, o terapeuta havia me feito algumas perguntas, tipo:
-Como você se chama?
-Ekaterina Nadoeva
-Onde você mora? 
-Em Preslav, Bulgária
-Com quem você mora?
-Com minha avó (não me lembrava o nome dela)
-Cadê seus pais?
-Meu pai morreu na guerra, minha mãe eu não sei.
-Em qual guerra morreu seu pai?
-Na guerra para libertação da Bulgária. Ele veio da Rússia, com outros soldados.Morreu em 1877.
-Porque você está com tanto frio assim?
-Porque estamos no inverno. Aqui faz frio 6 meses do ano e depois, temos seis meses de calor.

Antes de continuar o relato, é importante fazer algumas ressalvas:
-Muitas vezes eu sonhei com este lugar, mas sem saber seu nome. Sonhava, também, com a velha que, na regressão, eu disse ser minha avó.
-Eu sempre gostei muito da Rússia, desde pequena. Já adulta, aprendi a língua russa e, devido ao estudo do idioma, aprendi muitas coisas sobre o país; mas sobre a Bulgária a única coisa que eu sabia era o nome de sua capital e que se situava no leste europeu, nos Balcãs, nada além disto. O país era comunista, muito fechado. Nunca conheci nenhum búlgaro, até então. Faço tais ressalvas, para afirmar que o conteúdo aflorado na regressão não saiu de páginas de nenhum livro ou de relatos de nativos daquele país.

Na próxima sessão, retornei a esta mesma vivência, mas já com a idade de 27 anos, depois aos 30. Então, vi novamente meu amigo de infância, soube seu nome: era Vânio. Nós tivemos um filho, que reconheci, não sei como, sendo minha filha caçula nesta vida atual, a que me levou a procurar o terapeuta. Vanio e "eu" não nos casamos. NOsso filho tinha 4 anos quando Vanio se foi com outra; seu pai, rico, o forçou a se casar com moça da mesma condição social. Triste, me entreguei à bebida. Certo dia, estando completamente alcolizada, meu filho foi brincar  no barranco e eu nem vi. Ele caiu e morreu. E "eu" era culpada!Eu não soube protege-lo, não tomei conta dele como deveria.O lugar era de risco e eu permiti com que ele corresse o risco que lhe tirou a vida.Depois disto, eu decidi não mais viver. Então, subi no mesmo ponto de onde meu filho caiu e me joguei. Me suicidei. Minha cabeça bateu em uma pedra.Eu me vi, então, já fora do corpo, olhava para baixo e via meu corpo.Na mesma hora senti uma dor horrível no lugar onde "eu bati a cabeça": lado direito, região frontal.

Fim desta vivência, que me ajudou a compreender o porque do meu pânico em relação à minha filha, que depois de mais duas sessões, desapareceu por completo. Passei a deixar a menina crescer com mais liberdade, de forma mais saudável e normal.

Esta regressão me fez procurar conhecer mais sobre a Bulgária, já que procurei um livreiro onde compro sempre meus livros e juntos, procuramos sobre a cidade de preslav.Nada encontramos. Então, passei a pesquisar tanto, que cheguei a ir à Bulgária, conhecer Preslav. Mas isto será matéria de um novo post, bem como as conseqüências que o suicídio deixou para mim, aqui e agora, na minha vida presente. Amanhã chegarei a este ponto. As seqüelas foram sérias e faço questão de expo-las, como depoimento do que pode acarretar a inconseqüência de um suicídio.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A TERAPIA REGRESSIVA COMO MÉTODO DE CURA: 1º PARTE


Logo no início deste blog fiz um post sobre o livro do dr.Ian Stevenson, 20 Casos Sugestivos de Reencarnação. Nele são tratados casos de lembranças espontâneas de crianças, que sugerem possíveis vidas passadas, pesquisados por este psiquiatra canadense. É a ciência que começa a olhar para os fenômenos do espírito e que vem, aos poucos, validando insights de budistas e  relatos de ocorrências dos meios espiritualistas em geral. 
De alguns anos para cá, surgiu a TVP - Terapia de Vidas Passadas, uma terapia transpessoal, que através do transe hipnótico, regride o paciente até o ponto crítico do problema, independente de espaço ou tempo. A TVP pode englobar desde experiências da nossa infância, a vida uterina, indo até possíveis vidas passadas. Claro, que só é indicada como método de cura e não para satisfazer simples curiosidades. Além disto, deve, obrigatoriamente, ser feita por profissional competente: psiquiatras, psicólogos, médicos, terapeutas. O método não oferece riscos e é muito eficiente para a solução de problemas que, muitas vezes, as terapias convencionais não solucionam: ela trabalha com a causa do problema e não com seus sintomas.
Existe farta literatura sobre o assunto, alguns livros tendo se tornado, mesmo, verdadeiros bestsellers, como, por exemplo,  "Muitas vidas, muitos mestres", do dr.Brian Weiss. Por este motivo, não vou me estender em considerações a respeito da técnica, até porque não sou profissional da área: vou tratar, aqui, de dois aspectos: 
1. minha experiência como paciente da TVP
2. da resistência que muitos espíritas têm em relação a esta técnica.

Como paciente, procurei a TVP logo depois que me nasceu a filha caçula. Não conseguia me separar dela, acometida por um estranho medo de perde-la. Com meu filho mais velho isto nunca havia ocorrido. Aos poucos, o medo foi virando obsessão e, à medida em que ela ia crescendo, passei a sufoca-la, ao mesmo tempo que era horrível para mim. Eu tinha a impressão, que -na minha cabeça era quase uma certeza, de que ela morreria ao completar quatro anos.  O stress decorrente desta paranóia foi tão forte que chegou a desencadear uma síndrome do pânico. Ninguém resolvia a situação. Fui a um psiquiatra que me encheu de remédios a base de cerotonina, já que a falta deste neurotransmissor pode ser um dos responsáveis pela síndrome do pânico.
A terapia química foi efizcaz, mas não eficiente, uma vez que a neura de perder minha filha continuou. Foi então que procurei uma  psicóloga, que me indicaram como uma das melhores de Belo Horizonte, a dra. Beth Clark, infelizmente, já falecida. Como nada nesta vida é por acaso, a dra.Beth não possuia horário disponível, eu teria que aguardar um bom tempo. Ela me indicou seu filho, o dr. Victor Clarck que, após um longo  bate papo comigo e uma avaliação do meu problema, sugeriu que fizéssemos a regressão. 

O método utilizado por ele foi o de relaxamento profundo. A princípio foi muito difícil, eu não conseguia relaxar: sentia coceiras, me formigavam as mãos, sentia fome, tudo atrapalhando o relaxamento. Até que um dia(não demorou muito, mas não posso precisar exatamente quanto, pois isto foi em 95 ou 96), consegui relaxar e viver uma experiência fantástica! Foi como se eu estivesse vivendo tudo, realmente. Pelo que soube, depois, existem várias formas de acontecerem tais vivências: para alguns, é como se estivessem assistindo a cenas de um filme; outros, relatam como se se tratasse de uma outra pessoa e, para outros, ainda, como foi o meu caso, é como se, durante aqueles minutos, assumisse, realmente, outra personalidade.

No meu caso específico, senti um frio intenso, ao me ver em local de baixa temperatura; senti, inclusive o cheiro de comida que "minha avó" preparava; sentia o cheiro das flores locais; enfim, foi tudo vivido com muita intensidade, com a participação ativa dos meus cinco sentidos.
Nesta primeira vivência, que será objeto de novo post, mais detalhado do que este, me vi sendo estrangulada. Ao sair do consultório, peguei o carro e já havia rodado umas duas quadras, quando a sensação do estrangulamento voltou. Peguei o celular, liguei para o terapeuta, voltei ao consultório. Em poucos minutos, ele me fez ver que tudo isto já não existia mais (antes de encerrar a sessão, ele já tinha feito este trabalho, mas a vivência havia sido muito intensa).

São estas sensações nítidas, como a do 'meu' estrangulamento, que exigem um profissional competente: não que tal sensação não fosse desaparecer, mas um profissional inexperiente pode trazer conteúdos que, por não serem bem trabalhados, vão te perturbar mais do que te oferecer ajuda. Mas, em se tratando de profissional competente, tal risco não existe.

Conclusão: a partir deste dia, me livrei de um problema crônico de garganta, que me sufocava e que nunca os médicos descobriram a causa: nem alergistas, nem otorrinos, nem clínicos. A terapia, removendo conteúdos escondidos no meu sub-consciente, conseguiu acabar com o problema.

Mas não procurei a ajuda do terapeuta para solucionar um problema de garganta: este foi  um ganho extra que obtive. A a solução do problema principal,  que me levou até o consultório, em relação à minha filha, ainda tive que voltar mais vezes: no final, o problema acabou . Foi um alívio total.

Aqui, uma rápida abordagem do segundo aspecto do meu post: muitos espíritas já me recriminaram por ter me submetido a este tratamento, alegando que o 'esquecimento é providencial". Concordo, desde que a lembrança não seja trazida a tona por motivos fúteis (mera curiosidade) ou por pessoas não capacitadas. Mas lembro a todos que assim pensam, que lembrem das palavras do próprio Kardec: 
"Se algum dia a ciência provar  que o Espiritismo está errado em algum ponto, abandone este ponto e siga a ciência".
 assim sendo, se a ciência desenvolveu métodos de ajudar pacientes através da TVP, sigo a ciência e recomendo o método!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SOCIALISMO E CRISTIANISMO SÃO INCOMPATÍVEIS?

Muitos hão de querer me "excomungar" com a comparação que aqui faço, mas - realmente, acho que Cristianismo e Socialismo não são, de modo algum, algo incompatível; muito pelo contrário, acho mesmo que Cristo foi o primeiro socialista da humanidade.
 Aos que me recriminam por esta idéia - e não só os religiosos o fazem, mas socialistas também, peço clemência: aos primeiros peço, além disto, que não tomem como exemplo de socialismo apenas os desrespeitos aos direitos humanos ocorridos sob a égide de alguns governantes de países que adotaram tal regime: socialismo não é isto, isto foi desvio de caminho; aos segundos, peço que façam como um meu amigo, soviético de Minsk (Bielorrússia): ateu por criação e convicção,ateu por profissão (era da Academia de Ciências da URSS, físico, hoje professor de uma universidade brasileira), um dia, casualmente, resolveu ler algumas passagens dos Evangelhos do Novo Testamento. Virou agnóstico e chegou à esta minha mesma conclusão: Jesus foi o primeiro socialista da humanidade.

.Todo ser humano é socialista a partir do momento em que enxerga a miséria humana, as mazelas causadas pela gritante desigualdade social e, movidos por um sentimento, digamos,de compaixão, passam a ansiar por um mundo mais justo e igualitário, com igualdade de oportunidades e de direitos para toda a sociedade.

E o que é o Cristianismo, a não ser uma doutrina de solidariedade e de amor ao próximo, surgida da imensa compaixão que Cristo sentia pelos desvalidos?

Ambos, Cristianismo e Socialismo tiveram em sua história os mesmos desvios de percurso citados acima: no Cristianismo estes desvios vieram na forma da "Santa" Inquisição e das Cruzadas, que ceifaram várias vidas. As Cruzadas, inclusive, estão, ainda hoje, presentes na memória do Islã, sua maior vítima.

Sou espírita e sinto minha consciência tranqüila sendo socialista. Sei que esta é a única via possível de chegarmos a um mundo melhor para todos; de amarmos ao próximo como a nós mesmos.